Sou como você me vê.

Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania... Depende de quando e como você me vê passar.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

E isso é tudo!


Há tempos ela compara sua história com Romeu e Julieta, sem Páris. Simplesmente assim. Um romance problemático, confuso e doce. Doce? Como pode ser tão doce, se a amargura é sentida até em suas veias, se a acidez da situação lhe arrepia a alma?
Ainda assim, é doce. Confuso, como já lhes disse.
Romeu e Julieta é uma história bela por causa de seu final.
Ela não sabe o final da sua história. Tampouco sabiam Romeu e Julieta. E se o final for igual, se é pra ser assim, deixe ser. Deixe o vento levar-lhes ao destino. Não será preciso se mexer. O que tiver de ser, será, certo?
E ela não se cansa de esperar. Esperaria para sempre.
Não gosta de algumas coisas... Como por exemplo, o fato de ter que suportar ficar distante dele. Ou o fato dele se preocupar com ela. Não... Acredita que ele tenha coisas mais importantes com que se preocupar, e simplesmente fica furiosa consigo mesma por ter feito com que ele, mais uma vez, se dedicasse tão devotamente a ela. Não gosta da ideia dele ter de deixar de lado sua vida para ajudá-la. Ele e sua perfeição se voltam para ela sempre que ela precisa. Mas ela não gosta de tirá-lo de sua rotina para fazer isso.
Ele diz que não é importante, que o importante é que ela esteja bem. Mas ela, ainda assim, não consegue suportar isso. Porque ele é mais importante que ela.
E isso sempre acaba em uma discussão, às vezes num tom de brincadeira, outras com lágrimas que insistem em continuar caindo. E cada lágrima solta, cada segundo que o relógio mostra passar e mostra que ela ainda não o tem, que está perdendo tempo com isso, que deveria simplesmente parar de chorar e aproveitar... Cada pétala de flor arrancada, dia após dia, doía. Como uma ferida pulsante que se recusa a parar de sangrar.
Dor e choro e sofrimento e sangue... Parecem tão banais quando se pensa no motivo daquilo tudo.
Seu Romeu ainda a ama.
E de repente, não existe ferida nenhuma. Sofrimento nenhum. Sangue algum. Lágrimas, só de felicidade.

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